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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O que nos diz o Terceiro Segredo de Fátima?

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Trinta anos mais tarde, depois que correu muita água debaixo da ponte, o Cardeal Oddi confessou para a revista “30 Giorni”:
“O Segredo de Fátima contém uma profecia triste sobre a Igreja, e é por isto que o Papa João não o divulgou, Paulo VI e João Paulo II fizeram o mesmo. Parece-me que está mais ou menos escrito que em 1960 o Papa convocaria um Concílio, do qual, contrariamente às expectativas, indiretamente derivariam muitas dificuldades para a Igreja”. [Cfr. “30 Giorni”, edição de 11 de novembro de 1990, p. 69].    

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CATÓLICOS, ACORDEMOS... ENQUANTO É TEMPO!

Raphael de la Trinité

A verdadeira Igreja de Jesus Cristo é aquela que conserva, em sua plenitude e sem desvios, a tradição bimilenar que recebeu dos Apóstolos e dos Santos Padres. A chamada igreja "pós-conciliar" — ou seja, a igreja "moderna", que defende os erros modernistas, já condenados de forma inequívoca (sobretudo, por Pio IX e São Pio X), e em tudo aquilo que propõe de contrário à tradição, não pode ser seguida.
Qual a gênese da derrocada atual?
Há cem anos, a humanidade mergulhava num conflito sangrento, como jamais se vira: a primeira guerra mundial (1914-1918)
Às vésperas desse terrível morticínio, o grande papa s. pio x tivera uma visão que prenunciava a terrível hecatombe. Costumava anunciar que viria "il guerrone" ('a Grande Guerra'), como castigo de Deus. Por isso, quando representantes de um ou outra das potências beligerantes, pediam-lhe que abençoasse as bandeiras de seus respectivos países em luta, invariavelmente o Papa respondia, indignado e angustiado: "eu abençoo a paz!".
A Primeira Guerra Mundial teve início no dia 1 de agosto de 1914. Vinte dias depois, São Pio x seria chamado por Deus ao céu...
Corria o ano de 1917.

Em meio ao morticínio provocado pela conflagração mundial, Nossa Senhora apareceu, em Sem Fátima (Portugal), a três crianças que pastoreavam o campo.
Na primeira aparição (13 de maio de 1917), Nossa Senhora pede aos três pastorzinhos os que venham seis meses seguidos, no dia 13, à mesma hora. E diz que ainda viria uma sétima vez.
As demais aparições se deram em 13 de junho, 13 de julho, 13 de agosto, 13 de setembro e 13 de outubro.
No dia 13 de julho de 1917, ficara predita uma ocorrência de algo maravilhoso para outubro desse mesmo ano. Foi, pois, nessa data que ocorreu o tão conhecido Milagre do Sol, ou seja, no dia 13 de outubro de 1917, tal como tinha sido anunciado 92 dias antes. Neste dia, entre a multidão (os números variam bastante, mas alguns milhares de pessoas ocorreram ao local, vindos de todo o território nacional) estava o jornalista Avelino de Almeida, enviado pelo diário O Século, também ele testemunha desta ocorrência, tal como documenta num artigo datado de 15 de Outubro de 1917 de nome «Como o sol bailou ao meio dia em Fátima», onde descreve todos os factos presenciados:

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Que disse, então, nossa senhora?
Afirmou que aquela Guerra iria terminar logo... Contudo, se o mundo não se emendasse, viria outra, ainda pior, no reinado do Papa Pio XII: "quando vires uma aurora boreal, esse será o aviso de que deus punirá a humanidade de seus crimes e pecados, por meio de outra guerra...".
De fato, a referida aurora boreal foi assinalada pela imprensa do mundo inteiro. Não muito depois desse sinal (conforme anunciara a Mãe de deus), eclodiria, de fato, a Segunda Grande Guerra (1939-1945.)
Terminam aí as advertências de Nossa Senhora?
Não.
Nossa Senhora confiou àquelas crianças de Portugal um segredo (conhecido como ‘Terceiro Segredo’). e mandou que o mesmo  fosse revelado em 1960. A Irmã lúcia (vidente mais velha, a qual se tornaria freira de clausura em Coimbra, e viria a falecer em fins do século XX) escreveu o que Nossa Senhora lhe revelara e colocou num envelope, que, mais tarde ficaria sob a custódia da Santa Sé. 
Lúcia foi interpelada sobre este ponto específico: por que em 1960? (Nossa Senhora mandara escrever no envelope, por fora, estas palavras: para ser aberto em 1960).
Eis a resposta que deu: porque então se compreenderá.

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Ora, que houve de tão espetacular e único, na história da igreja, na década de 1960?
Obviamente, a convocação do Concílio Vaticano II, anunciado pelo Papa João XXIII.
Nessa ocasião, o pontífice reinante declarou que a igreja precisava receber do mundo um sopro de "renovação"; acabar com a "poeira" acumulada nos séculos... E, sobretudo, fazer as pazes com o mundo. Por isso, a partir de então, cessariam os anátemas ao erro e se ingressaria na era do ‘diálogo’ com o mundo.
Noutras palavras, a Igreja seria ‘aggiornata’ (modernizada)...

O que sucedeu após essas mudanças na igreja?
Poucos anos depois, o Papa seguinte, Paulo VI, exprimiu-se desta forma: ‘A igreja passa por um misterioso processo de autodemolição’.
Alguns anos mais tarde, acrescentaria o mesmo Papa: 'a fumaça de satanás penetrou na igreja'.

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Qual a relação do segredo de Fátima com essas afirmações de extrema gravidade? Afinal, sobre o que versava o Segredo de Fátima?
As autoridades eclesiásticas que o leram, foram direto ao ponto: o Segredo diz respeito a uma enorme apostasia na igreja, que começaria de cima, das mais altas cúpulas, em meio a um grande conflito, de proporções universais. Com referência à parte que já era conhecida, Nossa Senhora havia dito, por exemplo, que várias nações seriam “aniquiladas...”...
Entre outras personalidades muito ilustres, manifestou-se sobre o assunto o (hoje falecido) Cardeal Silvio Oddi (que foi prefeito da Congregação para o Clero de 1979 a 1986).
Muito próximo de João XXIII em seu tempo, contou certa ocasião um fato muito ilustrativo:
     “aproveitando a grande confiança que reinava entre nós [com o papa João XXIII], perguntei-lhe abertamente: ‘Santo Padre, há algo que não posso perdoá-lo’. ‘E o que é?’, perguntou-me. ‘Ter feito o mundo inteiro esperar durante tantos anos, e ter deixado passar alguns meses desde o início de 1960 sem que saibamos algo’ [do Terceiro Segredo]. O Papa Roncalli me respondeu: ‘não me volte a falar disto’. Eu repliquei: ‘se assim o desejais, não falarei mais. Mas não podeis evitar que o façam os demais’. Ele respondeu: ‘já te disse que não me fales mais’. Eu não voltei a insistir.” [cfr.“30 Giorni”, abril de 1961, in Miguel Aura, “El secreto que guía al Papa. La experiencia de Fátima en el pontificado de Juan Pablo ii”, Rialp, Madrid, 2001, p.154.]
     Trinta anos mais tarde, depois que correu muita água debaixo da ponte, o Cardeal Oddi confessou para a mesma revista: “o segredo de Fátima contém uma profecia triste sobre a Igreja, e é por isto que o Papa João não o divulgou, Paulo VI e João Paulo II fizeram o mesmo. Parece-me que está mais ou menos escrito que em 1960 o papa convocaria um concílio, do qual, contrariamente às expectativas, indiretamente derivariam muitas dificuldades para a Igreja”.[ cfr. “30 Giorni”, edição de 11 de novembro de 1990, p. 69].     ]

A associação entre ambos os acontecimentos toma aspecto de evidência.

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À margem disso, contudo, no ano 2000, anunciou-se que o terceiro segredo seria revelado.
De fato, os Cardeais Sodano e Ratziner (futuro Papa Bento XVI) anunciaram publicamente aquilo que "seria" o conteúdo do segredo.
Entretanto, haveria como dar crédito a essa surpreendente ’revelação’?
Por que guardar a sete chaves, durante décadas, um texto inteiramente inócuo e destituído de alcance, como esse que foi dado a público?
Intrigado pelo mistério, um famoso jornalista italiano, Antonio Socci, após um estudo meticuloso e aprofundado da matéria, comprovou, de forma indubitável, que estávamos em presença de uma grosseira fraude, verdadeiro engodo, real mistificação...
Em seu livro “Il Quarto Segreto di Fátima” (Rizzoli, 2006), ele prova a existência de dois manuscritos, em sua gênese e desenvolvimento histórico, e conclui que o que foi publicado pelo Vaticano no ano 2000 não está completo. Falta o manuscrito que corresponde às palavras da Virgem, e que explicam a visão já difundida pelo Vaticano. A este manuscrito, o autor o chama “O Quarto Segredo”, e corresponde ao terceiro segredo originário. Neste se adverte em termos apocalípticos para a perda da fé na igreja a partir do Concílio Vaticano II.
Foi quando, munido da mais sólida e incisiva argumentação, Socci não titubeou em lançar um repto a o Cardeal Sodano, propondo um debate público a respeito. No entanto, o Purpurado preferiu manter um eloquente silêncio...
A propósito da obra de Socci, Vittorio Messori, o mais lido escritor católico italiano, muito próximo de Bento XVI, publicou um artigo intitulado “Fátima, um Quarto Segredo a revelar: uma parte da mensagem teria ficado oculta por razões diplomáticas” [cfr. “Corriere della Sera”, edição de 21 de novembro de 2006.], no qual manifesta suas sérias dúvidas sobre o que foi revelado pelo cardeal Bertone.
A existência de dois manuscritos também foi confirmada no ano 2006 por uma das figuras mais importantes da Igreja no tema de Fátima, pois é uma das poucas personalidades que conheceram o conteúdo do segredo antes do ano 2000. Trata-se de Mons. loris Capovilla, secretário de João XXIII, conhecido como o “afetuoso guardião da memória do Papa João” (autor das mais célebres memórias sobre o Papa Roncalli). Foi a ele que Paulo VI mandou consultar para saber a localização do envelope que continha o manuscrito original do Terceiro Segredo, e que não se conservava nos arquivos vaticanos, como indicou o Cardeal Bertone, mas nos aposentos papais.

No seu retiro em Bérgamo, Mons. loris Ccapovilla declarou (ao escritor Solideo Paolini) que uma coisa era o manuscrito do Terceiro Segredo, e outra, o publicado no ano 2000 pelo Cardeal Bertone, ao qual chamou simplesmente de “documento Bertone”.

O que pensar dessa gravíssima manipulação?
Daqui a três anos comemoraremos o centenário das aparições de fátima.

Para onde caminha a Igreja?
Para onde caminha a humanidade?

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